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terça-feira, 6. julho 2004

Alcance lança novo hinário, Melodia do coração


ALCANCE NOTÍCIAS (AN)-- Foi lançado durante o Encontro Nacional de Obreiros Cristãos o hinário do Alcance, Melodia do coração.

O hinário, de 15 x 21 cm, tem 63 páginas com 253 cânticos em duas colunas. No final, há índice de conteúdo, índice de primeiras linhas em ordem alfabética e um pequeno índice de textos bíblicos que servem como base de letras.

A capa de papel cuchê resistente é envernizada para maior durabilidade.

O hinário é caracterizado por uma leitura fácil, com atualização de linguagem ou correções ou reforço do ensinamento, com acréscimo ou substituição de estrofes, e inclusão de novos cânticos da autoria do compilador ou por ele traduzidos.

Há projeto de produzir no segundo semestre do ano um CD com os cânticos novos.

Várias congregações já estão usando o hinário, entre elas, São José dos Campos, Taubaté, Mococa e Miguelópolis. Outras estão considerando adotá-lo para suas reuniões.

Em quantidade (10 ou mais exemplares), o hinário custa R$3,50 cada, mais despesas de correio. O exemplar avulso custa R$5,00.

Abaixo reproduzimos a introdução do hinário (págs. 5-6).


Introdução

A igreja de Deus celebra em suas reuniões a redenção em Cristo Jesus, elevando a voz para expressar ao Senhor seus louvores, instruir os ouvintes e encorajar os irmãos. Sua voluminosa produção de hinos e hinários testifica a um desenvolvimento dinâmico e sadio da sua adoração por meio dos cânticos.

A primeira igreja era um povo que cantava. Depois de comer a última Páscoa com os discípulos e estabelecer a ceia memorial da sua igreja, Jesus cantou com eles. “Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras” (Mt 26.30, NVI). Após o Pentecoste, por meio dos hinos os discípulos edificavam aos irmãos (1Co 14.26) e expressavam a sua alegria em Cristo (Tg 5.13), mesmo estando na prisão (At 16.25). O hino era considerado um meio de instrução (Cl 3.16) e louvor (Ef 5.19; Hb 2.12). Estudiosos crêem que haja fragmentos de hinos publicados no Novo Testamento (ver Fp 2.6-11; 1Tm 3.16; Ef 5.14; Cl 1.15-20).

O governador romano, Plínio, relatou que os cristãos se reuníam “num dia fixo antes da aurora, quando cantavam em versos alternados um hino a Cristo como a um deus”. Pessoas como Clemente de Alexandria, no final do segundo século, escreveram hinos novos para uso nas reuniões dos discípulos. No início do quarto século, Eusébio de Cesaréia menciona hinos que celebram a divinade e humanidade de Cristo.*

Cedo os cristãos coletaram os hinos que cantavam. A primeira coleção de hinos cristãos de que temos conhecimento data do segundo ou terceiro século, na língua siríaca, Odes de Salomão. Em tempos modernos, o primeiro hinário associado à irmandade norte-americana foi publicado em 1804, conhecido como Melody of the heart e, por isso, o título desta seleção de hinos publicada pelo Alcance reflete que, 200 anos mais tarde, participamos de uma longa e digna história de hinologia.

Hoje, se é possível, o canto tem sido supervalorizado (ou, melhor, prostituído) no mundo religioso, de modo que só ele é chamado de “louvor”. Isto ele é, em parte, mas toda a reunião cristã é ato de louvor a Deus e não devemos restringir o termo “louvor” a um ato apenas, por mais que este mereça o nome.

Como é de praxe em um novo hinário, fez-se modificações de linhas para melhorar o sentido (nos. 43, 146, 253, por exemplo), atualização da linguagem ou correções ou reforço do ensinamento (nos. 114, 158, 182, 186, 189); acréscimo ou substituição de estrofes (nos. 3, 35, 45, 47, 117, 131, 133, 197, 201, 219); e inclusão de novos cânticos da autoria do compilador (nos. 102, 156, 175) ou por ele traduzidos (nos. 157, 161, 172, 174, 184, 226, 228, 229, 230).

Deve-se constatar que, nos índices, por limitações do programa de computador, o número depois do título indica o da página em que o cântico se encontra.

Deixo registrados os meus agradecimentos a vários irmãos em São José dos Campos pelas correções e sugestões, ficando ainda por minha conta os erros que permanecem. De especial ajuda foi minha esposa Vicki, a quem devo todo bom resultado no ministério da palavra.

Que este hinário, primórdios de uma obra futura maior, atenda às necessidades dos irmãos no Vale do Paraíba e, quem sabe, em outras regiões e estados. Que seu uso, em qualquer e todo lugar que seja, sirva para direcionar uma adoração verdadeira e espiritual ao Senhor que procura tais adoradores.


*Veja J. B. TAYLOR., “Hino”, em Novo dicionário da Bíblia, J. D. Douglas, ed., 2ª. ed. (São Paulo, Vida Nova, 1995), pág. 715; G. MOLIN, “Canto de louvor”, em Dicionário de teologia bíblica, J. B. Bauer, ed., 4ª. ed. (São Paulo, Loyola, 1988), págs. 167-169. Informações históricas foram tiradas de Everett FERGUSON, “Hymns”, em Encyclopedia of Early Christianity, de Everett Ferguson, ed. (Nova York, Garland, 1990), págs. 441-442; J. Daniélou Henri MARROU, Nova história da igreja: I, Dos primórdios a São Gregório Magno, 3ª. ed. (Pertrópolis, Vozes, 1984), pág. 94.

–Randal Matheny, compilador São José dos Campos, 24-02-2004

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